2017-06-04

O livre arbítrio














Dicionários, websites, dissertações, livros, histórias, falam do livre arbítrio.
De grosso modo, definem o livre arbítrio como a liberdade de escolha, ou melhor, a capacidade de tomar decisões por vontade própria. Por um lado, pode ser considerado uma acção em si, por outro, uma faculdade.
No tema do livre arbítrio entra obrigatoriamente a qualidade responsabilidade, pois não nos podemos alhear dela quando se fala em Liberdade.
E assim correm textos e histórias na busca da verdade sobre como afinal decidimos o nosso destino.
Aprofundando a questão da liberdade de escolha, encontra-se algo engraçado, algo que não é mais que a fonte das nossas decisões, e esta é…a nossa percepção.
Com efeito, os caminhos que escolhemos baseiam-se na perspectiva que temos das alternativas existentes.
Ou não estou a ver bem, ou parece-me que essa capacidade que temos de tomar decisões é na verdade a capacidade que temos de ver nas coisas o que a nossa famosa livre vontade almeja ver.
Este é o verdadeiro livre arbítrio!
Se mudamos a situação?
Perante uma situação, seja ela qual for, é a nossa forma de olhá-la que vai determinar a nossa acção /não acção.
Por isso, quando várias ideologias se chocam ao discutir o nosso poder de mudar o mundo, ou se pelo contrário, estamos destinados aos acontecimentos, parece-me tão fácil juntar as duas visões e encontrar um terceiro ponto.
Por um lado, sabemos bem como tantas coisas podem acontecer sem estarmos de todo à espera. Não é difícil perceber que não controlamos as situações na totalidade. Chamem-lhe imprevistos, se preferirem.
Por outro, somos totalmente responsáveis pela forma como vamos interpretar a situação.
Ou seja, encontramos um novo lugar quando recorremos à intersecção. Percebemos que afinal quando sentimos impotência, frustração, alegria, saudade, e mais tantas emoções, é somente o nosso livre arbítrio a operar. Ele é de facto uma das mais maravilhosas qualidades dos seres humanos, o poder de transformar o mundo só com o olhar.
Porque então andamos chateados com o mundo, manifestando-nos continuamente, sem adicionar nada de valor às nossas vidas?
Usamos esse poder com desdém e ficamos imbuídos em falsos julgamentos. Um problema aparece e nunca mais saímos dali.
Saiam dessa!

Não sei se o universo tem algo destinado para nós. Pensar assim seria polarizar o universo e ele rir-se-ia de mim com certeza.
Além de que, mesmo aqueles que pensam que há um destino marcado, deveriam viver a vida menos preocupados. Não tenho a certeza de que o façam.
No entanto, são milhares de anos de estudos dedicados a esta dialéctica, o que não impede de lançar o desafio para a existência de um campo comum, onde cada um de nós realiza a expressão do mundo.
Observe com calma e aperceba-se de como pode alterar o que está fora.
Diz-se que a vida molda-nos, mas as nossas escolhas definem-nos.
Como olha para a sua vida é da sua inteira responsabilidade.
Desfrute desse poder. Aproveite essa qualidade.









There are three truths, my truth, your truth and the truth.
(Chinese Proverb)
Life is ten percent what happens to you and ninety percent how you respond to it.
(Lou Holtz)
The real voyage of discovery consists not in seeking new landscapes, but in having new eyes.
(Marcel Proust)

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