Dicionários, websites, dissertações, livros, histórias, falam do livre arbítrio.
De grosso modo, definem o
livre arbítrio como a liberdade de escolha, ou melhor, a capacidade de tomar
decisões por vontade própria. Por um lado, pode ser considerado uma acção em si,
por outro, uma faculdade.
No tema do livre arbítrio
entra obrigatoriamente a qualidade responsabilidade, pois não nos podemos
alhear dela quando se fala em Liberdade.
E assim correm textos e
histórias na busca da verdade sobre como afinal decidimos o nosso destino.
Aprofundando a questão da
liberdade de escolha, encontra-se algo engraçado, algo que não é mais que a
fonte das nossas decisões, e esta é…a nossa percepção.
Com efeito, os caminhos que escolhemos
baseiam-se na perspectiva que temos das alternativas existentes.
Ou não estou a ver bem, ou
parece-me que essa capacidade que temos de tomar decisões é na verdade a
capacidade que temos de ver nas coisas o que a nossa famosa livre vontade
almeja ver.
Este é o verdadeiro livre
arbítrio!
Se mudamos a situação?
Perante uma situação, seja
ela qual for, é a nossa forma de olhá-la que vai determinar a nossa acção /não
acção.
Por isso, quando várias
ideologias se chocam ao discutir o nosso poder de mudar o mundo, ou se pelo
contrário, estamos destinados aos acontecimentos, parece-me tão fácil juntar as
duas visões e encontrar um terceiro ponto.
Por um lado, sabemos bem
como tantas coisas podem acontecer sem estarmos de todo à espera. Não é difícil
perceber que não controlamos as situações na totalidade. Chamem-lhe
imprevistos, se preferirem.
Por outro, somos totalmente
responsáveis pela forma como vamos interpretar a situação.
Ou seja, encontramos um novo
lugar quando recorremos à intersecção. Percebemos que afinal quando sentimos
impotência, frustração, alegria, saudade, e mais tantas emoções, é somente o
nosso livre arbítrio a operar. Ele é de facto uma das mais maravilhosas
qualidades dos seres humanos, o poder de transformar o mundo só com o olhar.
Porque então andamos chateados
com o mundo, manifestando-nos continuamente, sem adicionar nada de valor às
nossas vidas?
Usamos esse poder com desdém
e ficamos imbuídos em falsos julgamentos. Um problema aparece e nunca mais
saímos dali.
Saiam dessa!
Não sei se o universo tem
algo destinado para nós. Pensar assim seria polarizar o universo e ele
rir-se-ia de mim com certeza.
Além de que, mesmo aqueles
que pensam que há um destino marcado, deveriam viver a vida menos preocupados.
Não tenho a certeza de que o façam.
No entanto, são milhares de
anos de estudos dedicados a esta dialéctica, o que não impede de lançar o
desafio para a existência de um campo comum, onde cada um de nós realiza a
expressão do mundo.
Observe com calma e
aperceba-se de como pode alterar o que está fora.
Diz-se que a vida molda-nos,
mas as nossas escolhas definem-nos.
Como olha para a sua vida é
da sua inteira responsabilidade.
Desfrute desse poder.
Aproveite essa qualidade.
There are three truths, my truth, your truth and the truth.
(Chinese Proverb)
Life is ten percent what happens to you and ninety percent how you
respond to it.
(Lou Holtz)
The real voyage of discovery consists not in seeking new landscapes,
but in having new eyes.
(Marcel Proust)
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