2017-07-28

As Doenças



O título já está errado!
Como dizem alguns autores, não existem doenças, assim como não existem saúdes.
Existem sintomas.
A doença e a saúde são dois polos da mesma realidade.
O que isto quer dizer?
 
Chamamos doenças ao conjunto infinito de sintomas, muitos dos quais já estamos muito habituados a ouvir.
No entanto, dado não haver doenças per si, conclui-se facilmente que é a pessoa que está doente.
Isto é lógico, certo?
Como refere Luis Martins Simões – curar a pessoa e não a doença.
 
Identifica-se a zona do corpo afectada, mas continua a ser a pessoa que está doente.
Ou é uma dor de cabeça, uma questão cardíaca, respiratória, linfática, uma deficiência, alterações nos sentidos, transtornos digestivos, ou tantas outras. Todas elas reflectem um conflito interno.
Até mesmo lesões com origem em acidentes, um ataque externo ou psicopatologias, são reflexo de uma batalha travada pela própria pessoa.
Ok. E agora?
 
Em primeiro lugar, não faz sentido os sintomas surgirem para nos fazer mal. Simplesmente não pode funcionar assim.
É simples! A nossa essência, a nossa fonte, enfim, a nossa consciência, é tremendamente teimosa no que diz respeito ao nosso crescimento.
Ela só tem um objectivo – revelar-se em nós.
Nascemos, crescemos, aprendemos, experienciamos, desenvolvemo-nos, reproduzimo-nos, enfim, todo um sentido, metaforicamente ascendente, para encontrarmos o sentido e a sabedoria.
 
O que fazemos? Olhamos para o órgão (ou sistema) que se encontra afectado e percebemos qual a função do corpo que não está a operar naturalmente.
Sendo a doença um alerta da consciência para a nossa harmonia, vem ela por missão avisar-nos qual a função da nossa vida a transformar, ou melhor, a fazer alguma coisa, bolas!
 
Já é fácil compreender que a nossa atitude define a nossa vida. No entanto, agarramo-nos às nossas crenças, projectamo-nos nos outros, adoptamos imagens que não são nós, retemos as nossas emoções tornando-as em pesos brutos no nosso corpo, e não queríamos que isso trouxesse desequilíbrio?
O nosso corpo é sincero, e mostra-nos isso com a sua complexidade e perfeição, pela função de cada canto de si mesmo, gritando através do seu físico, da sua química, da sua dor e da sua alegria.
 
Por exemplo, problemas nos pulmões representam a dificuldade da pessoa proteger-se do exterior. A pessoa pode ter mesmo receio de ser agredida. Os pulmões permitem a respiração, a qual possibilita a união com a vida. Traduzem assim a capacidade de deixar entrar a vida em si.
Problemas no estômago reflectem uma difícil gestão com uma situação que se apresenta constante na vida.
As alergias são a forma que o corpo encontra para exteriorizar agressividade contida. A pessoa está a viver momentos de irritação com pessoas próximas. Pode estar a fazer o que não gosta, e estar ser até pressionada para isso.
Problemas no fígado, por seu lado, representam mágoas do passado, alimentadas constantemente por raiva. Trata-se de emoções primitivas que bloqueiam o equilíbrio deste órgão. O fígado tem inúmeras funções, produz, processa, converte, sintetiza, recicla, armazena inúmeras substâncias no organismo. O seu trabalho reside assim na aceitação, análise e transformação no sentido benéfico para a vida.
Problemas nos rins representam medo do futuro, em particular carreira e finanças.
Uma constipação, por exemplo, representa tristeza.
Problemas na bexiga surgem em pessoas que escondem alguma dor.
Quanto à obesidade, a pessoa desenvolve a gordura para construir um casulo à sua volta para se proteger. Também pode haver auto rejeição ou uma necessidade de ser notada após um abandono.
 
A neurociência já nos disse que somos 5% consciente e 95% inconsciente. Não é difícil perceber qual deles vence, certo?
Queremos tanto uma vida mais facilitada que ansiamos por um comprimido mágico para a nossa cura.
Tiremos o chapeuzinho da chuva, o mais fácil é o caminho da consciência. Aquele em que nos apercebemos que a mudança está em nós. Aquele que nos faz ver além do que os nossos olhos nos mostram para percebermos que as coisas só acontecem para abrirmos os olhos, e constatar finalmente que só estamos aqui para ser felizes. 

 

 
 
 

 

 

 
 
 
 
 
 
Your body hears everything your mind says.
(Naomi Judd)
 
Calm mind brings inner strength and self-confidence, so that’s very important for health.
(Dalai Lama)
 
Health is not a condition of matter, but of mind.”
(Mary Baker Eddy)