Desde a astrologia, numerologia, desenho humano, kin, feng dhui, enfim,
são bastantes as técnicas de procura e encontro com o nosso ser e com a nossa vida.
Contudo, custa-me a crer que uma data de nascimento determine uma personalidade,
os seus medos, os seus conflitos, as suas vitórias, as suas experiências e a
sua existência.
É verdade que todas as correntes, de um modo geral, sublinham que há um
papel do indivíduo no cumprimento ou incumprimento das interpretações. Mas não
é isto que importa neste tema. Não irei mergulhar no assunto sobre se há ou não
um destino ou sobre as suas possíveis previsões. Nada disto!
Cada vez mais ouvimos teorias sobre a relação entre nós e o o cosmos. Aliás, fazemos parte dele. É óbvio que tem de nos influenciar. Bom, influenciar não é a palavra correcta. Há sim uma partilha de energia dentro de um movimento veloz demais para nos darmos conta, e cujo conjunto mantém esta estabilidade que observamos.
Assim, não posso de todo negar que, no momento em que uma nova forma de
vida surge de um conjunto de outras formas de vida, não se estabeleça uma
ligação com o alinhamento das estrelas.
Então, em que ficamos?
Simples! Essa ligação é anterior ao nascimento. É a consciência – a nossa energia na sua essência – que vai determinar
a nossa data de nascimento, e não o contrário.
Quer queramos quer não, vimos do mesmo lugar que tudo o que existe. Não começamos quando nascemos. Nada se cria, tudo se transforma, certo?
Quer queramos quer não, vimos do mesmo lugar que tudo o que existe. Não começamos quando nascemos. Nada se cria, tudo se transforma, certo?
Com efeito, os números refletem um mundo que parece ser invisível, mas
que comanda as tropas. Somos uma ferramenta de equilíbrio em todo o universo, cada pessoa,
cada grão de areia, cada partícula.
Se nasci no dia d, mês m, ano a, hora h e minuto m, então é porque a
minha essência partilhava da mesma essência que o cosmos. É naquele momento que
inicia um novo processo. É a energia que define a manifestação, e não o
contrário.
Se o homem tem vindo a estudar os céus, as ideias, as conjunturas e as
observações, então aproveitemos o seu conhecimento e engajemo-nos,
ocasionalmente, com uma interpretação que, ao fazer sentido para nós, pode abrir
novos olhares.
No entanto, há qualquer coisa maior, e ela é somente o facto de
que fazemos parte do tudo e do nada, logo, somos nós que guardamos a equação que define o
momento em que nascemos, provavelmente de tudo o resto também, contudo só a primeira basta para confiar no processo.
There was a star danced, and under that was I born.
(William Shakespeare)
The two most important days in your life are the day you are born and
the day you find out why.
(Mark Twain)
My life is a simple thing that would interest no one. It is a known
fact that I was born, and that is all that is necessary.
(Albert Einstein)
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