Li uma vez que felicidade é
não esperar nada.
Veio com certeza sublinhar a
ideia que já tinha de que só há desilusão quando há ilusão.
Já vi uma t-shirt com letras
bem visíveis com a frase – No Expectations No Disappoitments.
É preciso dizer mais alguma
coisa?
Parece-me que não!
No entanto…
No entanto, impõe-se-me
referir uma variável na equação das expectativas.
As crenças.
Expectativas baseadas em
crenças retardam o nosso caminho.
Em momentos “furados” é
comum ouvir discursos do tipo – Pois, dei tudo aquela pessoa, aquela empresa,
aquele projecto, aquela relação, aquele investimento, aquela viagem, aquela
construção, aquele curso, aquele carro novo, enfim.
No final, cobra-se tudo de
novo.
Mas o que é que estavam à
espera?
Ou se dá porque a vida é uma
experiência, ou se dá pois quer-se algo em troca, tem-se a crença de que se
dermos o que (não) somos, vamos ser os melhores do mundo.
Como diz uma frase de Dennis
Wholey – Esperar que a vida te trate bem porque és boa pessoa, é como esperar
que um touro não te ataque porque és vegetariano.
Quando nos comprometemos com
algo, o fundamental a desenvolver é o nosso nível de exigência, não de
expectativa.
Quando nos dedicamos a algo,
qual é na verdade o nosso propósito?
Se estivermos a ser
genuínos, a acção já per se é o
próprio reconhecimento. De contrário, recorda-me um provérbio chinês – Tensão é
quem você pensa que deve ser. Tranquilidade é o que você realmente é.
As crenças sobre aquilo que
deveremos ser para nos mostrarmos perfeitos e expectar resultados contaminam as
nossas exigências e fazem delas esta coisa de estar sempre a expectar algo,
que, permitam-me acrescentar, a maior parte das vezes não é nada do que na
verdade expectamos.
É jubiloso enfrentar as
situações sem expectativas.
É mágico e divertido.
Ser feliz é de facto não
esperar nada…e ao mesmo tempo ter tudo.
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