2017-08-01

Nutrição



Pressente-se alguma incorreção nesta nova moda de comermos o que os outros nos dizem para comer.
Alcançou mesmo o estatuto de estilo comer isto ou aquilo.
Há pessoas a gastar fortunas em consultas de nutrição, e depois dizem que certos produtos (bons) são muito caros.
Está na televisão, nas revistas, naqueles anúncios que nos assolam na web. Está nas escolas, no trabalho, nas grandes superfícies e até nas conversas sociais.
 
Comer.
É das coisas mais básicas da vida. Aliás, do universo. É a energia. Aquela que não se cria, mas se transforma.
Evoca um dos mecanismos homeostáticos do corpo humano e decreta astutamente o nosso ritmo e hábitos diários.
O comer traz em anexo a questão da obesidade, a qual mexe com duas qualidades que nos são bastante familiares, a saúde e a beleza exterior. 
 
Nunca se perguntaram sobre a profundidade da prática de comer?
Será somente uma questão de sobrevivência ou será um momento da tal troca de energia, comum a todo o que existe?
Para sabermos exatamente o que o nosso corpo precisa, em primeiro lugar é fundamental estar em sintonia com ele. Ouvi-lo, senti-lo, reconhecer que é um conjunto de partículas, ou seja, energia a vibrar.
É elementar amá-lo.
 
A partir daqui, saberemos facilmente o que comer.
Saber o que nos faz sentir bem, saborear plenamente o que ingerimos, perceber que por dentro também podemos ser perturbados.
Honrar os nutrientes vivos, escolher consoante a nossa própria vontade, entender que até o solo mais fértil pode ficar sobrecarregado.
 
Quanto à obesidade e beleza exterior, arrisco-me a afirmar que trata-se de algo mais profundo que a ingestão de comida. Até porque o peso é uma questão prioritariamente de saúde.
Sabemos que uma pessoa gordinha passa a perder peso, não quando começa a comer melhor ou a mexer-se mais, mas porque decidiu no seu íntimo dar tempo e espaço ao seu corpo.
Esta decisão trará resultados notórios se for baseada na mudança de padrão interior da pessoa.
 
E isto porque?
Os gordinhos são pessoas que subconscientemente desejam ser notadas. Pode ter havido um abandono, e agora necessitam de aprovação. São pessoas que normalmente precisam muito de companhia. Também podem ter desenvolvido uma forma de se proteger, gerindo dessa forma a rejeição vivida.
Quando a pessoa transforma o registo (vamos lá aceitar o desafio!), surge automaticamente um olhar diferente sobre si mesma, o que leva rapidamente à perda de peso, acompanhada de hábitos alimentares e de desenvolvimento pessoal diferentes.
Irá manifestar-se de forma natural uma alteração física, a qual é o resultado da transformação mental.
Sem dúvida e sem esforço, esta pessoa irá saber exactamente o que comer, e mais, sentir-se-á muito satisfeita com tudo aquilo que faz em relação ao assunto.
 
A natureza é fabulosa, como bem sabemos, e dá-nos exactamente o que precisamos.
Aí fora existe ao nosso dispor uma panóplia de alimentos que nos podem fazer feliz.
Cada alimento tem uma determinada vibração. Basta ter cores diferentes.
Cada alimento tem uma determinada constituição. Está tudo ao nosso alcance.
Para quê tanto expertise, listas infindáveis de obrigações e proibições, quando na verdade todo o conhecimento de nós mesmos e para nós mesmos está dentro de nós mesmos.
Tudo o que gera stress é desnecessário. Com a comida, então, é mesmo salutar estar tranquilo aquando do processo, seja na aquisição, seja no consumo.
 
É verdade que as células têm memória, e que o cérebro é hábil quando nos diz categoricamente que já comemos aquilo há muito tempo, “não vais largar agora, certo?!”.
 
Errado!
Afinal quem manda aqui?
É o cérebro, os outros ou você?
 
É na tomada de consciência que encontramos exatamente o que nos faz bem e nos faz belos.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

 
 
There is no sincerer love than the love of food.
(George Bernard Shaw)
 
Tell me what you eat, and I will tell you who you are.
(Jean Anthelme Brillat-Savarin)
 
Only the pure in heart can make a good soup.
(Ludwig van Beethoven)

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